segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ESTRADA DE FERRO FORTALEZA / CRATO


Era um sonho antigo do povo cearense a construção desta ferrovia século XIX, e em 1872 foi concluído o trecho até Baturité. Dizem que com a grande seca dos 3 anos foi iniciado o resto do trecho rumo ao Crato e lentamente foi entrando na Caatinga Cearense até atingir o seu objetivo a Cidade de Crato em 1926.

Todas as pessoas que dependiam de Fortaleza iam ao encontro com a Ferrovia e lá deixavam os seus animais e procediam ao resto da vigem no trem e a escala ia diminuindo a maneira que o trem avançava.

Irei citar algumas estações mais faladas: Maracanaú, Guaiúba, Baturité, Capistano, Itapiúna, Quixadá, Estação Prudente, Quixeramobim, Senador Pompeu. O antigo Umaitá, Piquê Carneiro, Acopiara, Iguatu, José de Alencar, Cedro, Arrojado, Lavras, Aurora, Ingazeira, Missão Velha, Juazeiro do Norte e Crato.

As pessoas que viajavam tinham muitas historias para contar desta aventura de 30 horas de viajem, as cidades, as curvas de Pique Carneiro que sempre descarrilava vagões e até virava; o desnível entre Cedro e José de Alencar, onde eram 2 maquinas para poder subir.

E estas cidades até Acopiara vinham para a Feira do Crato para levar todo tipo de frutas das nossas. Seleiro era um vagão disponível só para os feirantes mas esta linha quando estava na atual Acopiara e em 1909 a linha foi juntada com a E.F. de Sobral para se criar a Rede de Viação Cearense – RVC – e imediatamente arrendada a SOUTH AMERICAN RAILWY e em 1915 a RVC passa à administração Federal.

A linha chega a seu ponto máximo em 1926 atingindo a cidade do Crato e este percurso Crato / Juazeiro no dia de sua inauguração é na plataforma da máquina o Padre Cícero acenando com um lenço e benzendo.

A ultima viagem com passageiros foi na década de 80.

Não considere um documento, mas sim um passa-tempo.

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Edval Cirilo

BODAS DE OURO


Foi com muita alegria que nós que fazemos a família Cirilo Edval e Pedro Morais recebemos este convite para partilhar das alegrias desta família que completa uma das datas mais simbólicas que é 50 anos de vida conjugal dando um testemunho ás novas gerações que ainda é possível conservar esta fidelidade usando o amor e a castidade.

Sabemos que para chegar até este dia foi preciso enfrentar muitas tempestades em todos os sentidos da vida em especial na área financeira, pois nesta época o governo não custeava nada, por isso enfrentaram todo o tipo de moradia e viviam do alugado.

Seu Bemvindo enfrentou todos os tipos de serviço que a sociedade escolhia para as pessoas mais humildes e ele não teve vergonha de mostrar a sua humildade.

E dona Josefa honrou a sua missão que assumiu quando prestou juramento perante a comunidade quando recebeu a benção no altar do Senhor enfrentou momentos difíceis quando não podia dar o conforto necessário para os seus filhos, mas não se desesperava, entrava em oração aonde arranjava forças para educar seus filhos dando uma educação religiosa e moral que nunca os decepcionou e servia de modelo para os vizinhos, nesta época o controle de natalidade era feito por Deus, crescei e multiplicai-vos por isso tiveram muitos filhos e ainda adotaram alguns.

Para que neste dia histórico a festa fosse mais completa.

Parabéns Bemvindo Alves e D Josefa por este exemplo de vida que vocês estão nos dando e que a sagrada família abençoe o casal e toda sua geração.

Edval, Nair, Pedro e Nair, Pedro Junior e Isabel

ENGENHOS DE CANA EM NOSSOS DITRITOS


No auge da cana-de-açúcar aqui no Carirí a nossa região experimentou esta atividade lucrativa. De que eu tive conhecimento foram muitos. No sitio Catingueira que era de Manoel Xenofonte, um na Cutia, outro na Lagoa do Faustino, outro no Faustino, um na Cachoeira, um na Bréa, um no Inxú, outro em Dom Quintino, três no Boqueirão, um nos Altos, um na Palmeirinha dos Britos e outro no Macapá. Havia também no Caldeirão, no Engenho da Serra e Correntim. E a margem do riacho Bembéu que ainda pertence ao Distrito de Ponta da Serra havia um quarto engenho com grande produção.

No início era puxado a boi depois foram se modernizando passando a ser movidos a vapor e os últimos que sobreviveram nas décadas de 60 e 70 do século passado funcionava com óleo diesel e eletricidade.

Esta atividade era muito lucrativa porque as pessoas dependiam muito desses produtos para alimentação. Não podia faltar na merenda, para adoçar o café, o chá, doce, até chegar o gramilho e depois o açúcar. Estes produtos eram exportados daqui para todas as regiões do Carirí, Inhamuns, Região Centro Sul, parte da Paraíba e parte de Pernambuco, mas com a sua decadência surgiu outra atividade, o algodão, que por muitos anos sustentou a nossa economia, sendo seu auge do fim dos anos 40 até os anos 70 do século XX. Com a decadência do algodão e até o começo da distribuição de de renda do governo, ou seja, as aposentadorias e outros serviços sociais como bolsa família e direitos da natalidade, etc.

Foi muito difícil este período pois nós que vivemos esta época não gostaríamos que as futuras gerações passassem por esta experiência que foi tão dolorosa para quem sobreviveu pois milhares de pessoas morreram de doenças provocadas pela desnutrição, ou seja, fome.

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Edval Cirilo

ANIVERSÁRIO


Como já se sabe todo ser humano tem o seu dia Natalício, e já é de costume se comemorar.

E hoje dia 23 de Setembro, dia que a igreja comemora São Pedro Nolástico, fui agraciado com um convite para se lembrar mais um ano de vida de uma pessoa muito especial para mim, que é uma grande missionária leiga Selma Valdevino que a anos dedica parte de sua vida na divulgação dos ensinamentos do evangelho do Senhor de uma maneira silenciosa marcando presença nos momentos fortes da igreja divulgando produtos da canção nova e as vezes o seu lucro ela doa em material evangelizador para que as pessoas cresçam mais na fé.

Selma você marcou presença na minha caminhada de fé encorajando para enfrentar grande tempestade.

Por isto muito obrigada por tudo que você me ensinou nesta grande caminhada em busca de um lugar onde a gente possa encontrar a grande perola que é Jesus Cristo

E pela intercessão deste santo dia S. Pedro Nolástico e que teve a honra de ser visitado por nossa Senhora derrame todas as bênçãos de que você necessita

Estes são os desejos deste casal que tanto a admira

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Edval e Nair

A IMPORTÂNCIA DA FAMILIA


Para iniciar o Cristianismo o pai eterno enviou o seu filho Jesus Cristo mas, para que tudo desse certo escolheu um casal com todos os cuidados para não haver falhas e formar uma bela família que já fosse servir de modelo,e para as futuras gerações se espelharem nela.

Para começar esta missão, deu como exemplo a sua família que é a de Nazaré, a de São Zacarias e a de São Joaquim a intenção de Jesus era que todos nascessem de uma família estruturada para que o Céu já começasse a acontecer na terra. Mas como deu toda a liberdade aos homens, não obedeceram, a ponto de termos momentos insuportáveis a pensar que o próprio homem vai destruir esta obra tão bem feita.

Mas ainda é tempo para recomeçar, basta que os casais reconheçam a responsabilidade que tem com a missão que assumiram no casamento e repassem para os seus filhos, direcionando-os para o caminho da verdade em todos os sentidos, pois esta é uma missão que não pode falhar, pois estes pais podem pagar um preço muito alto na sua velhice se isto acontecer.

Um conselho para os jovens: RESPEITEM OS SEUS PAIS, TRATEM-OS COM MUITO CARINHO POIS ELES SÃO JÓIAS PRECIOSAS. LEIAM BONS LIVROS QUE FALEM NA FAMILIA, PROCUREM LER A BIBLIA E CONFIEM EM JESUS CRISTO.

Estes são os votos do casal,

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Edval e Nair

3 º MILENIO


Estamos vivendo o maior auge da tecnologia entre as varias civilizações que se conhece, mas devemos voltar no tempo pelo menos até as primeiras eras cristãs, em especial na Grécia e Itália e procurar as descobertas dos arqueólogos e ver que já se utilizava a energia, mas de outra forma, por exemplo, os gregos já utilizavam a luz solar através de refletores direcionando espelhos grandes para os navios inimigos e os incendiando.

Nos últimos anos foi descoberto na cidade de Pompéia em escavações um prédio com um espelho grande direcionado ao interior da casa para aquecer o ambiente.

Nesta mesma época os Imperadores Romanos resolveram explorar os mananciais hidráulicos construindo rodas d’água em todo país para facilitar a vida da população movimentando vários moinhos de trigos em beneficio da população. Construíram varias piscinas térmicas com temperatura de até 50 graus, aproveitando os mananciais naturais vulcânicas. Ampliou os quartéis com dezenas de banheiros coletivos em forma de um balcão com espaço de 1 metro entre si e abaixo dos sanitários corria uma levada d’água levando todos os dejetos, com o espaço de 50 centímetros outra levada d água correndo para lavar o objeto de asseio higiênico que era um pau com 20 centímetros com uma esponja na ponta para ser reutilizada.

Todos estes materiais usados foram de alta resistência que nem os fenômenos naturais poderam destruir, isto sem falar nas civilizações Maias, Incas,... quanta tecnologia os arqueólogos já descobriram, como observatório meteorológico bem equipado a seus modos, quilômetros de canais de irrigação e não se sabe os utensílios que eram usados para bombar as águas tumba recém-descoberta que nem foi explorada ainda, cidades construídas com rochas que não tem mais fim, e a civilização Egípcia que ainda continua misteriosa.

E nós com toda essa revolução tecnológica descartável, o que vamos deixar? Se tudo que construímos são edifícios, pontes e monumentos que com poucos anos é preciso restaurar. O que se armazena nos computadores o vírus corroe, qual vai ser a nossa história? Fica a pergunta no ar.

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Edval Cirilo

2º Guerra Mundial


Em 1945 no auge da guerra o governo de Getulio Vargas, aliado com os Estados Unidos convocou uma expedição composta por 25 mil soldados para ajudar a derrotar o todo poderoso Hitler.

A sua atuação foi na Itália na região do Monte Castelo, partiram em navio do Rio de Janeiro, com uma despedida muito emocionante a viagem durou 15 dias e desembarcaram no porto de Nápoles, saindo do Brasil deixando uma temperatura de 30º positivos e a chegada na Itália foi de 15º negativos, e a única proteção que levava era uma blusa de flanela e a farda ao se encontrar com a força aliada eles forneceram mais agasalho para se proteger. A batalha em Monte Castelo foi muito acirrada e lento o avance, pois os alemães iam deixando minada a área, logo no inicio perderam 2 soldados e depois de 4 meses ao terminar a batalha acharam congelado ainda intacto.Perderam muitos soldados por isso no alto do monte foi criado um cemitério só para os brasileiros, que hoje é cuidado por um filho de um pracinha, para quem passar por lá possa venerá-lo.

Mas todos os corpos foram transladados para o Brasil conforme o prometido, havia dezenas de mulheres que compunham a frota na área de enfermagem

Mas o governo não cumpriu com o prometido e ao chegar no Brasil foram dispensados da corporação, e passaram a viver só com o trauma de guerra mendigando o abandono até 1988 quando foi feita a nova constituição onde puderam usufruir de uma aposentadoria mais digna.

Queridos Brasileiros, precisamos valorizar mais a nossa história para não ficar sem passado e quem conhecer algum pracinha deve explorar mais ele pois restam poucos e o mais jovem já tem 85 anos

2 de Outubro de 2011

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Edval Cirilo

A COMUNICAÇÃO NO SÉCULO 19 E 20


No século 19 era muito difícil, pois, os meios de transportes eram o Navio, depois o Trem e o Animal ( o cavalo era o mais comum).

Aqui no Ceará o trem começou a funcionar nos anos de 1877, com um pequeno percurso. Na medida que o trem se aproximava do interior vinha trazendo o correio que trazia Cartas, Jornais e Revistas . Os correios de cada cidade ia até o ponto final do trem retornando com as correspondências e a volta era feita com troca de animais em cada rancharia.

E quem viajava a São Paulo e para Zona Norte era mais difícil ainda, pois, estas correspondências vinham a navio.

Contava-se uma história a primeira comunicação voa telégrafo com a Europa aqui no Brasil foi a capital de Recife, já era um fio de cobre coberto que através de um navio soltara no fundo do mar até o Brasil, e como o Nordeste, em especial o Pernambuco, era celeiro de cana de açúcar teve esse privilégio.

Já no Século 20 a maneira que o trem se aproximava do Cariri e de Sobral e já foi bem mais fácil, e já vinha Jornais, Revistas das grandes capitais do Sul.

O rádio no fim dos anos 40 do século 20, quando começou a aparecer o Rádio a bateria, podendo ser sintonizado na Radio Sociedade da Bahia, Rádio Jornal do Comércio de Pernambuco, Globo do Rio de Janeiro, e até a BBC de Londres.

Nos anos 60 foi o auge do rádio a pilha.

Edval Cirilo

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Meio de Transportes do Passado: o Cavalo

Para preparar um animal para uma longa viagem, utilizava-se para forrar a montaria:

1º) – uma boa esteira de melão para ; 2º) - uma boa sela feita bem alcochoada com forro de linta ,que é algodão, com uma boa estabilidade, a sela era toda desenhada com costura de correia de vaqueta ; um bom par de estribo, as brides eram todas de tranças de correia de vaqueta ; uma boa corda para o cabresto que era colocado na lua da sela; um bonito rabicho que era colocado no trazeiro do animal; duas sias na largura de 4 centímetros para prender a sela na barriga do cavalo.

Uma corona muito bem trabalhada e desenhada com costura de couro fino com uma largura de um metro quadrado para cobrir a sela toda com uma sobre capa para carregar roupa engomada .

Um bom par de alforjes para carregar alimento feito de couro bem curtido em forma de dois quadrado de 25 centímetros que comportava mais ou menos 5 quilos com 2 hastes, e era colocado por baixo da segunda capa da sela .

E um bom cochinho maior que a corona para cobrir toda a montaria e dar um bom conforto, esta peça era feita pela esposa e era muito bem caprichado , era fio de lã de algodão costurado a mão com pequenos espaços entre si.

Era usada um par de esporas de metal para alertar o animal, um chicote de couro bem trabalhado em forma de trança.

E os bons animais, tinham os seus passos para andar: para longa distância era o baixeiro , e para perto era o esquipador e o troteiro, que era o intermediário, o chotão não dava para viagem

Estes são alguns confortos dos viajantes do passado de que eu tenho conhecimento.

Edval Cirilo

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

VIDA EM MISSÃO


Pelo que eu entendo de uma paróquia é uma serie de comunidades juntas sobre a orientação de um administrador padre que tem a responsabilidade de orientar aquelas ovelhas no caminho de uma vida saudável em todos os sentidos que seja espiritual e que o forte de sua missão é o social que é o bem-estar de todos, estimulando trabalhos associações e até orientando nos seus direitos perante os órgãos públicos.

Mais sabemos que esta entidade precisa de recursos para suas manutenções e cabe aos seus fieis as suas contribuições de acordo com o seu orçamento.

Como esta parte é muito melindrosa cabe a habilidade do padre em saber como abordar este assunto. É preciso ter muito jogo de cintura e prestação de serviço para não desagradar os fiéis. O padre nunca deve impor quantidade nas taxas a ser cobradas, se pretende fazer algumas reformas consulte a população e veja se eles concordam pois ficaria fácil para arrecadar.

Nunca faça orçamento fora do padrão de vida dos fiéis. Demonstre carinho com os paroquianos pois eles ainda acreditam no padre. Visite sempre as casas pois eles ficam muito agradecidos, nessa era de correria procure fazer os seus atos litúrgicos sem tomar muito tempo e procure os dias e horas que eles estão mais disponíveis. Não desperdice oportunidade pois os nossos irmãos evangélicos estão muito atentos às nossas falhas e devemos nos unir e colocar em pratica os nossos dons missionários que recebemos no Batismo. Isto é um dever de todos os católicos.

Senhor, não deixe esta entidade Igreja Católica ser vencida

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Edval Cirilo

Uma Coincidência Apocalíptica

Quase todos os cristãos de qualquer etnia religiosa já folheou a Bíblia Sagrada e , lá para o fim, se depara com o Apocalíptico de João , ode ele narra uma série de acontecimentos um pouco assombroso, mas a Igreja Católica pede prudência nas suas considerações, e não leva ao pé da letra.

Mas todos sabemos que os evangelistas foram escolhidos a dedo, em especial, João, o apóstolo bem amado por Cristo, que teve a honra e a responsabilidade de ficar cuidando de sua mãe.

Por isto o que está acontecendo nestes últimos séculos é uma série de coincidências. Guerras civis, dezenas de terremoto, maremoto com grandes ondas destruindo cidades inteiras com milhares de mortes, milhares de desabrigados. A globalização com o seu modernismo destruindo as famílias, pai não respeita filho, e vive versa, as drogas pesadas domina a juventude. Acaba-se os valores morais dos pais.

Os poderes legislativos viraram baderna, aonde sugam dinheiro do País na base da corrupção, deixando o povo mais carente e a revelia, não pode mais se confiar nos governantes. Estamos acuados num beco sem saída. Mas não foi falta de aviso, pois, só na França Nossa Senhora apareceu no século 19, umas 3 vezes e no século 20 em Portugal e medigovia sempre com o mesmo diálogo, rezai,Jejuai e fazei penitência, pois, meu filho já encheu a paciência. E na cobertura dos terremotos do Japão os repórteres de várias emissoras comparam os acontecimentos com os do Apocalíptico , pois, não era a toa que São João nos seus sonhos e tribulações escrevia estes acontecimentos, pois não era mais do que uma inspiração divina. E nós que estamos longe dos acontecimentos devemos tomar como um exemplo e cuidamos em quanto é cedo.

Orai e vigiai para não cair em tentação!

UM PASSAPORTE PARA A ETERNIDADE


Conforme a Bíblia Sagrada, ao completar 70 anos, o homem chega ao fim de sua caminhada na terra. É o que está acontecendo com o casal Edval e Nair. Fomos agraciados em ter sido educados pela igreja católica e termos Nossa Senhora como mãe do Céu a quem todos os dias nós entregamos nossas alegrias e tristezas para que ela interceda a seu filho Jesus, pois só nele confiamos. Estou triste por esta instituição está passando por momentos muito difíceis, onde seus dirigentes que se dizem vocacionados não estão cumprindo com a sua missão, deixando as ovelhas dispersas, permitindo que os nossos irmãos evangélicos se apoderem desta situação.

É o que está acontecendo aqui na nossa Paróquia, e para desprazer deste casal, uma neta já aderiu a uma dessas igrejas e cada dia que passa é visível a desilusão dos nossos irmãos católicos com as atitudes dos nossos dirigentes, a ponto de pensar: Senhor, para onde vamos? Sei que só tu tens a palavra de salvação, mas tende piedade de nós.

Sabemos que estamos na reta final, da-nos o discernimento da Fé para que não nos desviemos dos teus ensinamentos e possamos transmitir só coisas que venham a engrandecer o teu reino, e que todos possam gozar das tuas maravilhas que é o Reino dos Céus.

É o desejo deste casal para estas futuras gerações que não se desviem dos caminhos do Evangelho do Senhor.

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Edval e Nair

SISTEMA DE PESOS E MEDIDAS DE ANTIGAMENTE

Pelos poucos conhecimentos que eu tenho estes costumes de pesar e medir dessa nossa região vem do século 18, quando para medição de terra se usava a braça, que era 10 palmos, e este media 22 centímetros. Como era difícil trena media-se em uma vara a altura de um homem médio com o braço bem esticado.

Uma légua corresponde a 6 quilômetros, e este, a mil metros.

Os legumes mediam-se em Cuia, e esta correspondia a 10 litros. Uma quarta comporta 8 cuias. Um alqueire equivale a 4 quartas .Uma quarta de arroz pesa 65 quilos e uma quarta de milho pesa 80 quilos. Uma quarta de fava pesa 80 quilos. Uma arroba de algodão aqui no Crato era 20 quilos, sendo que uma arroba de qualquer outro produto é 15 quilos. Uma canada de cachaça correspondia a 5 litros.

A lenha era vendida em costar.

Outras medidas: a groza é 12 dúzias; metade de uma carga de animal se chamava costar. Tecido era medido por vara.

ALGUNS NOMES DE MOEDAS: Pataca, , dobrão, , cruzado, vintém.

Uma tarefa mede 625 quadrin, e um quadrin mede uma braça quadrada. Um equitáre mede três tarefas e um quarto.

Uma carga de rapadura era 100 rapaduras de quilo. Uma quarta de arroz pila dá 40quilos.

Havia outros tipos de vara para a medição de fumo, podendo dividir por quarta de vara

A dimensão de uma cuia era 25 centímetros quadrado por 17,5, a de espessura da madeira era um centímetro.

O litro tinha 10 centímetro por 10 , com espessura de um1 centímetro.

Uma carga normal de um burro era 2 quartas de arroz, de algodão era 6 arrobas.

Para longa distância 100 quilos.

Para corte de fumo utilizava-se um ferro chamado cutelo. Uma mala de couro de boi cabia 6 cuia de arroz.

A peça utilizada para fazer colher de pau chamava-se légua.

Para fazer uma carga de rapadura leva 7 cargas de cana.

Para fazer uma rede de dormir leva 12 quartas de fio fiado em casa.

Estes são alguns instrumentos de peso e medida de que me recordo

Saudosa Ponta da Serra

No final dos anos 40 e 50, do século passado, tinha, aproximadamente, umas 30 famílias , todas com o mesmo padrão de vida, ou seja, pobres.

Os utensílios domésticos eram quase nada: uma dúzia de pratos, outra de colheres, um caritó, uma mala para as roupas, um caixote para por os pratos. Redes para dormida, e poucas camas. Um pilão , um moinho, várias cabaças e cuias, e os potes de barro não podiam faltar. As arupembas , o balaio e a esteira.

Os animais domésticos eram uma cabra e uma porca. Um paiol de milhos, o arroz era mais difícil, um ferro de passar à brasa.

Os mais folgados tinham cavalo, o menos jumento. A água para o consumo era carrega na cabeça ou em ancoretas, em animais, pois era distante.

A missa era mensal, e para os moradores era um momento de rever os amigos.

Havia uma sapataria, mas de uma fábrica de cigarros, casas de jogos de azar, um bilhar, umas três bodegas de cachaça, e um bom tocador de harmônica, e outro de violão e banjo, Havia serenatas

O Café Central, de Maria e Violeta, outro que servia caldo, que era o de Mãe Véia, o Café de Sulidade. Sempre tinha os humoristas que botavam apelidos nas pessoas, como Chico Penca, Cago, Bamba, Frandão, Pagueira, Nó grosso, Montanha.

À noitinha, as famílias ficavam nas calçadas, trocando idéias, ouvindo as novidades jornalísticas trazidas por Zé de Ciço, lido ou ouvido no rádio de Vicente Brito ou José Amâncio, lá na Palmeirinha dos Brito, ouvida pela rádio Sociedade da Bahia.

Os movimentos políticos, como na última eleição de Getúlio Vargas, e depois seu suicídio, que abalou todo o Brasil. As dificuldades para ir ao Crato, pois, só tinha um caminhão, o da feira, mesmo assim, no inverno era uma aventura. Já com a chegada do jipe, facilitou mais para os noivados ir até o Crato. Antes essa viagem era feita a cavalo.

O balneário era o açude de Seu Belo, que não faltava gente para o banho e as lavadeiras.

Nos anos 60 chega o rádio e radiola a pilha de Edival Ribeiro para animar as Tertúlias.

Era uma juventude bem mais sadia.

Estas são algumas das minhas lembranças.

Edval Cirilo

Recordação de um família amiga

Ao chegar B no sítio Palmeirinha em 1949, vindo do sítio Lagoa Rasa, com 9 anos de idade, tudo era muito estanho, mas aos poucos fomos nos acostumando e criando algumas amizades, e entre elas com a família Gonçalo. O chefe dessa família se chamava José Gonçalo, de uma tradicional família das bandas da Miragem, pessoas que se destacavam no cenário importante para aquela época, como o “tio Chiquim”, grande pecuarista com fazendas nos Inhamunhs, Major Simplício, com sua patente bem merecida, pelos seus prestígios naquela região.

E aqui na Palmeirinha José Gonçalo se destacava como pecuarista ou boiadeiro, tendo um bom padrão de vida para a época. Família grande , casa cheia, boas amizades. E o meu pai chegou até a apadrinhar o seu filho Gesualdo, e nós sempre éramos convidados para a renovação que era uma grande festa, onde reunia os seus familiares da Miragem, com dezenas de Cavalos do rabo vermelho, como era conhecido, pela cor do terreno, que se destacavam entre os outros animais.

Os seus filhos eram muitos, entre eles, os meus colegas de escola, como o Expedito, Edilson, Antonio, Marieta, Raimunda, Vilanir, que era a mais encapetada, de quem eu ganhei um belo apelido que era de “ Doca do Zoião”. Marieta também era muito sapeca, cheia de astúcia. Já Antonio era diferente, o seu passa tempo era conversar sozinho.

Nos fins de semana, era o banho no açude, com várias competições de nado em distância ou mergulho..

Era uma família zoadenta, mas muito passiva. Como era bom irmos para a escola juntos!, e não havia malícia e nem maldades. E não posso esquecer o personagem Joaquim da Lata, que sempre aparecia, em especial, nos dias que antecipavam nos dias em que antecipava a renovação.

E para mi despedir quero deixar registrado a importância desta família no desenvolvimento social daquele sítio Palmeirinha.

Que Deus o tenha em um bom lugar: José Gonçalo, Dona Lourdinha, Raimunda, e Edilson, que onde estiverem antecedam pelos que ficaram.

EDIVAL CIRILO

sábado, 10 de setembro de 2011

OS PRIMEIROS ENGENHOS DO CARIRI - Por: Edval Cirilo


Contam os mais velhos que os primeiros engenhos nesta região eram feitos de pau. Já com a chegada do trem a Crato e Salgueiro, facilitou mais o transporte dos engenhos de ferro e passou a ser puxado a boi com a produção de até 600 rapaduras por dia.

Já nos anos 40 do século XX, foi criada uma metalúrgica em Missão Velha, da família Linard. Criaram todo este processo de fabricação que facilitou o grande ágio de cana-de-açúcar na região, onde por varias décadas foi um grande pólo de desenvolvimento e tornou-se uma das regiões mais ricas do Ceará.

Lembro-me ainda do grande sacrifício para locomover uma grande caldeira até o sitio Cana Brava, lá no Município de Quixará, para a Fazenda de Antonio Pita. O meio de transporte era chamado carretão. Era uma prancha de ferro e o tamanho era de acordo com o objeto a ser transportado, com mais ou menos 50 centimetros de altura, puxado por duas juntas de boi, ou seja, quatro bois. O trem trouxe até Juazeiro e o percurso até seu destino foi feito em três dias. Era assim que se transportava todos os objetos pesados, utilizando juntas de bois. O carro de bois era mais utilizado para retirar madeira das matas, e eram só dois bois encangados a uma corrente e muita habilidade.

Alguns desses procedimentos presenciei, e outros foram historias que me contaram.

Sei que estes relatos não contribuem quase nada na historia oficial, mas é uma maneira de espantar o mal de Alzheimer que tanto aflige os idosos.

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OS FESTEJOS DO NOSSO PADRROEIRO SÃO JOSÉ


Há muitos anos a nossa Igreja Católica vem tentando mudar o conceito dos seus fieis, procurando acabar com bebida alcoólica em todas as manifestações religiosas.

Aqui na Ponta da Serra o nosso ex- vigário travou uma luta constante para eliminar esta parte social por achar que estava estimulando as pessoas a este vício que está destruindo os nossos jovens, tentando criar mecanismos para suprir este dinheiro que era adquirido de forma ilícita.

Acabou com os bingos por serem contravenção. Os objetos que eram doados ele apurava em forma de sorteio. Não queria leilão por achar que descriminava os mais humildes, pois eles não tinham acessos, e às vezes, no fim da festa, lá pela madrugada, os mais favorecidos embriagavam os mais humildes, que serviam de palhaço para eles se divertirem.

Lutou intensamente, pelo dízimo para que todo mundo se conscientizasse deste método eficaz que iria ser a solução definitiva e a Igreja não mais se preocupasse, e fosse cuidar dos fiéis.

E já Paróquia já tinha uma boa arrecadação capaz de eliminar todas as taxas, como batizados, Batismos, Casamentos, intenções de missas. E um dos os carros da Paróquia servia até de ambulância para os mais necessitados, havia doações de remédio e exames, mas esta parte era em sigilo, por causa dos aproveitadores.T ambém foi investido em mutirões de casamentos irregulares, preparando para assumir uma nova vida em Cristo.

E a preparação de jovens das comunidades foram centenas para assumirem os trabalhos litúrgicos nas suas localidades.

Não era padre de investir nas coisas supérfluas, comprova só o necessário, pois, a sua meta era a formação. Arranjou dezenas de verbas na Alemanha e investiu nas capelas , havia uma grande preocupação com a pessoa idosa, aonde não se cansava de dar toda a assistência espiritual. É pena que a nossa Paróquia memória curta, num instante esquece os tempos bons.


- LOCAIS MAL ASSOMBRADOS - Por Edval Cirilo


Desde criança que meus pais procuraram não despertar coisas negativas que viessem perturbar as nossas mentes.

Mas convivendo na comunidade aprendemos a conhecer mitos negativos que deixam a gente amedrontado, como casas mal assombradas, “tiradô de figo”, lobisomem, Vicente Fino, Vento Quente nas Encruzilhadas, o Pé de Juá da Botija, as Cruzes do Pagão, as Cruzes do Caminho do Jaburú, Rasga Mortalha em Noite de Velório, Uma Sentinela Cantada, o Pai da Mata, Saci Pererê, Caipora, o Vento da Meia-noite e a Besta-Fera. Havia também as superstições como, um gato preto, passar por baixo de escada, levantar com o pé direito, chinelo emborcado, …

Tudo isto nunca passou de lenda para confundir as pessoas mais inexperientes, por isso vou dar um exemplo: depois da Vila Malhada existe um cemitério abandonado e em noite de finados ainda é de costume botarem velas lá. Foi ai que o senhor Massaroca esqueceu a sua obrigação e às 09 horas da noite foi cumprir com seu dever. Ao acender as velas subiu em um cajueiro torto e foi aguardar que as velas se consumissem, foi quando de repente, apareceu um jovem e ao chegar em frente tentou acender um cigarro na vela. O Sr. Massaroca que ali aguardava que as velas se consumissem disse: - “eu vou contigo”. Para o jovem foi tamanho o espanto que disparou em uma carreira que o Sr. Massaroca tentou acompanha-lo mas foi em vão. Quase um quilômetro a frente encontra-o abrindo o bico na casa de um conhecido, contando toda aquela aventura.

Tudo isso são mitos criados para confundir as pessoas chegando as vezes a ser doentio, ao invés de criar coisas construtivas para o bem estar do ser humano.


FESTA DE D. QUINTINO 1948 - Por Edval Cirilo


Nesta época de criança morava na Lagoa Rasa, como pertencia àquele distrito, tínhamos obrigação de participar de pelo menos uma noite da festa. Este percurso era feito a pé, era uns 6 quilômetros, e tinha os pontos de referência neste percurso. Primeiro a casa de João Leandro, depois a casa grande de Eufrásia, a de D. Idália, morada de Chico Jacinto, a Bodega de Zeca Bilio, casa de Nestor, Corredor da Bréa, casa de Vicente Cutia, morada de Valentim, o Corredor de Telvira, as ruínas da uzina de algodão de Raimundo Chico, o casarão de João Luís e a última casa, de Cícero Luís.

A festa tinha de tudo, carrosséis, canoas, jogos de azar de todas as espécies, motel ao ar livre, 3 salões de dança, dezenas de barracas missangas, fotografia tirada na rua a pronta entrega.

As bebidas eram todas quentes (não tinha geladeira) Cachaça, Zenebra, Cinzano, Vinho Jurubeba e Quinado Gerim. Carrinho de suco com gelo ralado que vinha do Crato em caixote conservado a pó de madeira. A tardinha tinha um automóvel de aluguel para passear, o percurso era de meio quilometro e custava quinhentos réis e as pessoas esperavam na fila.

Os comércios que mais se destacavam eram o de Juvêncio gerenciado por José Raquel, a loja de Joaquim de Fana, a mercearia de Mundinho Leonel e outras. Os leilões eram muito animados, mas sempre foi separado. O joio era mais que o trigo, quem era do joio nem dava notícia dos festejos religiosos, mas no final dava tudo certo.

Já era tudo iluminado com um gerador, as luzes eram muito fracas e era completado com luz de carbureto.

Mas é assim, a nossa vida é uma ilusão. Vivemos pensando em um futuro mais promissor e com este pensamento é que estou no fim da minha caminhada, obrigado Senhor por esta minha vida

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FATOS HISTÓRICOS - Por: Edval Cirilo

Eu sempre fui muito curioso em saber as histórias que marcaram época, como a primeira casa de tijolo do Crato, que foi a de Dona Bárbara de Alencar; a primeira lamparina a querosene, que foi um presente de um amigo de Recife para Dona Bárbara.

A morte de Joaquim Romão, pai do Padre Cícero em 1862, no tempo do cólera, quando morreram cerca de 1.100 pessoas; a herança de uma casa de tijolo a alguns chãos de casa e duas escravas para o Padre Cícero Seus estudos . Os estudos do custeados pelo seu padrinho Cel Antonio Luiz.Sua ordenação em 1870, e no outro dia, sela seu cavalo e volta para o Crato, chegando no dia 1º de janeiro de 1871, e celebra a sua primeira missa na Matriz do Crato, no dia 8 de janeiro do mesmo ano.

Você sabia que o correio de Crato à Fortaleza demorava só 8 dias de viagem? Era porque os animais viajavam um dia , podendo ser trocados por outros em cada rancho.

Você sabia que os seminaristas tomavam banhos de vestido para não verem suas partes íntimas? Os primeiros reitores do Seminário da Prainha tratavam seus alunos como que fossem um objeto descartáveis, onde os alunos não se comunicavam entre si. O Padre Cícero vivia só num apartamento que só tinha uma janela em frente ao mar, sendo este todo o conforto. Apesar de todo esse rigor não impedia que alguns padres constituíssem família.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CRÔNICA - 2 - Por Edval Cirilo


Entre todos os animais criado no Universo o homem foi o único privilegiado com o dom de raciocinar. Mas com todos os ensinamentos deixados pelo Criador, direcionou as suas inteligências para caminhos tortuosos, como a ganância, a inveja e a maldade. Aquele que recebe mais inteligência e se utiliza de cargos importantes se acham um soberano, pisoteando os mais humildes, sem entender que o mundo é de todos, e todos somos iguais perante o Criador

É pena que a minha inteligência foi pouca, e essa mesma ficou retida a um ambiente congelado por dezenas de anos, aonde cheguei a pensar que o mundo era só aquilo que avistava ao meu redor.

Hoje, através de uma vivência em um meio mais moderno ,e os meios de comunicações estão visualizando esta beleza que o Criador nos deixou, e nós não os preservamos. Através dos documentários dos canais de televisão: TV Escola, TV Brasil, TV Senado e TV Assembléia estou sendo alfabetizado.

Quantos documentários importantes estou vivenciando , mas o que me entristece é que estou percebendo que o ser humano é mais perverso do que eu pensava.

Quantas maldades estes governantes fizeram e estão fazendo com os seres humanos para poder usufruir daquilo que não lhe pertence.

Talvez os meus leitores pensem que eu nunca tive ganância, sim, tive, isto é um pecado que todo ser humano tem , mas se você for criado em uma família ajustada pode ser corrigido e ser substituído pela partilha e a misericórdia de que tanto Jesus Cristo insistiu para que se tenha um pedacinho do Céu aqui na Terra.

Isto é o que eu desejo aos meus irmãos em Cristo

Crônica - Por Edval Cirilo


A estrada do algodão, que dá acesso à cidade de Farias Brito, foi iniciada no ano de 1964 na gestão do governador Virgílio Távora e o presidente Castelo Branco. Só recebeu o primeiro asfalto 3 ou 4 anos depois. Muitos anos depois, recebe a 2ª etapa de asfalto de boa qualidade que registro até 2011, quando está recebendo a 3ª etapa. Espero que seja de boa qualidade pois está muito bem sinalizada, é pena que nós, usuários, não respeitemos as sinalizações que nos são impostas, sendo preciso colocar lombada que só vem enfeiar esta tão bela infraestrutura que tão logo vai ser inaugurada pelo governador Cid Gomes. Todos nós que margeavamos esta tão bela obra devemos esta gratidão ao Senhor por tudo que fez pelo nosso Ceará em especial o Vale do Cariri.

Espero que todo o motorista que tem habilitação procure botar em prática todas as normas que aprendeu nas auto-escolas, e se diz capacitado faça deste aprendizado uma constituição para si e para todos que trafegam nesta rodovia sobre a proteção de S. Cristovão, aquele que em um belo dia teve a oportunidade de atravessar uma criança em um rio, que depois se identificou como sendo o menino Jesus.

Espero que todas as normas de segurança que nos são impostas sejam respeitadas para o bem de todos que por ela trafega.

COMO SER UM BOM VIZINHO - Por Edval Cirilo


Toda a família sonha com a casa própria, mas seria bom que a gente, antes de adquirir observasse uma série de quesitos. Olhar bem o terreno ou a casa, ver se está bem edificada, verificar o material se foi bem adosado, os tijolos, o acabamento, alguma humidade, e depois fazer uma pesquisa para saber dos vizinhos como eles se comportam, se é possível uma boa convivência. Tudo isso de uma maneira discreta.

Mas se você for surpreendido com um novo vizinho, receba-o bem. Demonstre ser gentil mas não avance muito dialogo, dê um tempo e veja como ele vai-se comportar. Conforme a sua reação, estude uma maneira de lidar com ele e faça tudo para uma boa convivência, pois se der errado você pode pagar um preço muito alto e sua casa vai-se tornar um inferno.

Por isso todos os nossos vizinhos tem de ser como bons irmãos para podermos construir um pequeno paraíso já aqui na terra, e isto não é tão difícil basta o respeito uns com os outros partilhando pequenas coisas. Se for necessário pequeno multirão. Partilhar as alegrias ou tristezas do outro, ou um cumprimento carinhoso quando necessário e evitar assunto que venha ferir alguém pois sempre acaba em conflito. Veja se o som, o galo ou o cachorro estão incomodando, observe alguns resfriamentos nas paredes, faça um exame de consciência: se não é bom para si imagine o outro.

Viva sempre do perdão e tenha um bom vizinho.


Estes são os desejos deste amigo de todos

Como eu aprendi a Ler - Por Edval Cirilo

Lá pelos anos de 1948 surgiu um professor na Lagoa Rasa de nome João Barbara, onde recebi as primeiras orientações escolares. Como era de costume, o material era uma Carta de ABC, 1 lápis, borrão e 1 caderno. Depois passei para a Cartilha ensino rápido e uma tabuada. E já com outros professores fui para o primeiro livro. O método era ler o livro durante o ano a ponto de decorar tudo, e passei a fazer cópia e ditado já usando pena e tinteiro. No 2º livro também decorei, e a matemática já era obrigatório com provas orais no sábado. No 3º livro foi o mesmo sistema era um livro muito bom de história e ciência e uma das histórias que ficou gravada foi a descoberta da mandioca, era um pouco figurada com uma índia que adoece e morre e na sua cova nasceu uma planta desconhecida que chamou a atenção da tribo e ao arrancar encontraram muitas raízes de onde deu inicio a este nome mandioca que vem da palavra mãe.

Depois continuei em outra escola repetido o ano, já com o nome 3ª série, onde era obrigatório estudar e decorar 8 pontos de História, 8 de Ciência e 8 de Geografia, foi aí que aprendi que o mundo não era só em meu redor.

Estudei as orientações da bússola que orientava os pontos cardiais. Depois abandonei o pouco que aprendi a ponto de um dia ser obrigado a retornar uma carta de uma paquera e como foi difícil, além de ter esquecido, era péssimo em redação deixando em uma encruzilhada que não gostaria mais de lembrar, mas quando recebi a 2ª correspondência a expectativa era grande em saber o seu conteúdo e valeu a pena.

Mas não lamento não ter continuado a estudar pois não tinha outra alternativa a não ser no Crato pois era muito difícil escola.

Mas o pouco que aprendi ainda foi com que eu viajei na imaginação e é muito bom.

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CAPELA DA MALHADA


Ao terminar a 2ª guerra mundial encabeçada pela Alemanha os seus habitantes ficaram em uma encruzilhada sem saber o que fizesse. Foi ai que milhares de habitantes emigraram para várias partes do mundo e boa quantidade vieram para a América do Sul e muitos religiosos vieram se instalar no nordeste e na diocese do Crato. E tenho conhecimento de um grupo nos Inhamuns quando ainda pertencia a diocese do Crato e outro no sítio recreio na cidade de Crato, e funcionou muito tempo como seminário menor. Foi quando a diocese cedeu parte da paróquia de Nossa Senhora da Penha que era toda parte leste do município, desde o Ramualdo até o sitio malhada. E tinha como padroeiro São Vicente Férrer e tinha com um dos administradores o padre Frederico.

Foi quando o senhor José Augusto Siebra teve a ideia de construir uma capela em louvor a sagrada família e logo teve todo o apoio deste padre e do Senhor Vitorino Bilé que facilitou o terreno e a comunidade que não mediu esforço para a idealização desta obra. D Eufrazia de Brito fez questão de doar as imagens. E ao começar esta capela a família Agostim se dedicou de corpo e alma na manutenção e zelo tanto na parte física como em todos os movimentos de pastorais. E entre eles a saudosa serva do Senhor Vilanir Teixeira onde deixou o seu legado de bondade nesta comunidade e será imortalizada para sempre não só pela família mas por todos que tiveram a oportunidade de conhece-la.

E que a família sagrada cubra com o seu manto divino todos que ali residem.

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Edval Cirilo

CAPELA DA CACHOEIRA DOS GONÇALVES


Nesta comunidade morava um senhor com boa reputação e procriou uma grande família e foi preciso contratar um professor das bandas de Santana do Carirí para educar os seus filhos. O nome deste cidadão era Vicente Gonçalves e o professor era Seu Pedralino.

Com o passar dos tempos esse professor desenvolveu um trabalho religioso e social na formação das crianças e jovens, a ponto de seu nome ficar imortalizado na comunidade. Por todos estes méritos, coube a ele gerenciar os trabalhos de uma grande obra que o senhor Vicente Gonçalves iniciou. A obra foi um grande açude em parceria com o Governo do Estado.

Ao terminar esta grande obra, e por iniciativa deste professor, começou a ser construída a capela que recebeu como padroeiro o Sagrado Coração de Jesus e foi dada por acabada em 1947 quando a paróquia ainda pertencia a Quixará depois Farias Brito, que tinha como pároco o Padre Ágio Augusto Moreira, mas quem teve a honra de fazer a primeira celebração foi Monsenhor Rocha, sobre a orientação do pastor Diocesano Dom Francisco de Assis Pires.

Prezado leitor a minha intenção não é fazer uma biografia para competir com as que já estão feitas pela comunidade, mas sim mostrar o valor de uma família. Vocês imaginem a riqueza cultural e moral que o Sr. Vicente Gonçalves deixou para todos os seus descendentes naquela comunidade que fica no noroeste do município do Crato com quase quarenta quilómetros distante da sede com onze quilômentros de péssima estrada mais com uma população que sabe o que quer sem medo de enfrentar qualquer situação, mas isso porque os seus alicerces foram edificados na rocha, e assim não é com pouca tempestade que vão cair. Que Seu Vicente Gonçalves e o Seu Pedralino intercedam por esta comunidade sobre as bênçãos do seu padroeiro Coração de Jesus.

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Edval Cirilo

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ANIVERSARIANTE


No ano de 1931 no Sitio Lagoa Rasa nascia uma menina de cor morena e cabelos pretos e cacheados com alguns traços de beleza que ao longo do tempo foram se concretizando, tornando-se uma linda jovem que mesmo com o passar de seus 80 anos ainda são bem visíveis estes sinais.

Aos 10 anos de idade ficou órfã de pai e passou a enfrentar muitas dificuldades junto com mais 5 irmãos e sua santa mãe que não mediu esforços para enfrentar esta situação até ao fim dos anos 50 quando seu irmão caçula ficou jovem e formaram um trio Beliza a homenageada. Maria E este jovem Vicente, supervisionado por sua mãe enfrentaram todas as adversidades de serviço na agricultura, tornando o seu lar uma casa de fartura, isto sem falar na religiosidade imposta por sua mãe, chegando até a despertar a sua vocação para uma vida consagrada que não foi aceita por algumas normas impostas pela congregação, saúde, mas não o impediu de assumir os seus dons missionários e repassar para quem necessita de um bom conselho em qualquer tipo de formação Durante a sua longa existência ninguém se atreveu a abalar sua integridade física ou moral, pois sempre viveu respeitando as normas Cristãs deixadas por Jesus Cristo para o equilíbrio da humanidade e que nós não respeitamos.

Parabéns por esta linda data que é a era da sabedoria que você está usufruindo é o que deseja o seu primo e irmão,

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Edval e Nair

ALEGREMOS, HOJE TEM ANIVERSÁRIO

Em 1998, mais precisamente, no mês de março, havia um expectativa do nascimento do meu primeiro neto, mas por complicação de saúde de sua mãe, foi antecipado o seu nascimento, gerando uma grande preocupação por parte de toda família Morais e Ribeiro, houve logo uma grande corrente de oração por boa parte da família em especial por parte das duas avós para que iluminasse os médicos que estavam lidando com aquela situação, em especial seu tio Dr. Dudé, seu tio, que chefiava aquela equipe e não media esforços para acomodar aquela criança tão frágil.

Mesmo a sua avó D. Filomena acostumada com aquelas situações estava muito apreensiva.

E a Dra. Iracir, sua tia, uma mulher muito disposta demonstrava as suas preocupações através de um cigarro que não parava de fumar. Até quando a Dra. Ritinha exibiu aquela criancinha tão frágil e preocupante sem falar nos perigos que ocorria a sua mamãe. Imagine o seu papai como estava, dentro de uma encruzilhada, sem poder fazer nada a não ser esperar pelo tempo, pois, os ventos sopravam favoráveis para a felicidade de todos que hoje estamos aqui celebrando os seus 13 anos, mas preocupados com as suas novas descobertas na sua fase da puberdade, comprando novas revistas de auto conhecimento , a ponto de ser preciso consultar a sua tia Denir com a sua especialização de carteirinha nesta área de sexo feminino para lhe dar algumas instruções para ele não ultrapassar os limites. Mas tudo isto é uma brincadeira e mais uma forma de agradecimento por tudo que ela fez e faz pelos meus dois filhos Janaina e Samuel nas suas formações morais e até financeira, dando oportunidade em estudos no Crato.

Mas tudo isso são momentos que Deus proporciona para podermos agradecer o dom da vida e todos os momentos bom que az vezes esquecemos de agradecer e pedirmos forças para enfrentar esta jornada tão árdua e pedimos desculpas pelas nossas falhas.

Está de parabéns também Pedro e Janaina por este belo jovem, e receba as bênçãos de seus avós, padrinhos e tios, que a Sagrada Família de Nazaré proporcione muitos anos de vida. E a liturgia deste dia é rica em misericórdia pois fala do filho pródigo.

Edval Cirilo