segunda-feira, 10 de outubro de 2011

ENGENHOS DE CANA EM NOSSOS DITRITOS


No auge da cana-de-açúcar aqui no Carirí a nossa região experimentou esta atividade lucrativa. De que eu tive conhecimento foram muitos. No sitio Catingueira que era de Manoel Xenofonte, um na Cutia, outro na Lagoa do Faustino, outro no Faustino, um na Cachoeira, um na Bréa, um no Inxú, outro em Dom Quintino, três no Boqueirão, um nos Altos, um na Palmeirinha dos Britos e outro no Macapá. Havia também no Caldeirão, no Engenho da Serra e Correntim. E a margem do riacho Bembéu que ainda pertence ao Distrito de Ponta da Serra havia um quarto engenho com grande produção.

No início era puxado a boi depois foram se modernizando passando a ser movidos a vapor e os últimos que sobreviveram nas décadas de 60 e 70 do século passado funcionava com óleo diesel e eletricidade.

Esta atividade era muito lucrativa porque as pessoas dependiam muito desses produtos para alimentação. Não podia faltar na merenda, para adoçar o café, o chá, doce, até chegar o gramilho e depois o açúcar. Estes produtos eram exportados daqui para todas as regiões do Carirí, Inhamuns, Região Centro Sul, parte da Paraíba e parte de Pernambuco, mas com a sua decadência surgiu outra atividade, o algodão, que por muitos anos sustentou a nossa economia, sendo seu auge do fim dos anos 40 até os anos 70 do século XX. Com a decadência do algodão e até o começo da distribuição de de renda do governo, ou seja, as aposentadorias e outros serviços sociais como bolsa família e direitos da natalidade, etc.

Foi muito difícil este período pois nós que vivemos esta época não gostaríamos que as futuras gerações passassem por esta experiência que foi tão dolorosa para quem sobreviveu pois milhares de pessoas morreram de doenças provocadas pela desnutrição, ou seja, fome.

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Edval Cirilo

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