sábado, 29 de setembro de 2012

ANTES DA ESCOLA PÚBLICA




Surgia sempre um professor que se dizia  habilitado a lecionar e se instalava  em um sítio qualquer de onde todas as redondezas os pais que tinham condições matriculavam os seus filhos.
Mas essas escolas eram temporárias, e logo surgiam outros professores, mas com os mesmos métodos, que tinham como material, um lápis, um caderno, uma tabuada e uma cartilha de ABC, e depois uma caneta tinteiro. Não havia lousa, só cópia e ditado e o livro era para ler uma história todos os dias até o fim, depois vinha o 2º, o 3º, 4º e o 5º, e depois o manuscrito que ao se concluir  já se sabia de cor.
E tinham que ser livros de grandes autores da época, como Felisberto de Carvalho, Erasmo Braga, Teolbaldo Miranda Santos, Renato Senega Fleure. A Cartilha  tinha que ser de ensino rápido, a tabuada era estudada em casa o quadro para que  aos sábados fosse sabatinado pelo professor e conforme a pergunta  se o aluno não soubesse era usada a palmatória para castigado aluno que não respondesse autorizado pelo professor.
Mas no anos 50 começa a surgir com mais abundância a escola pública e nessa altura  começou então a usar-se  o quadro negro e giz, já se estudava o ponto  e era  geografia, história, ciência e matemática começa a se modernizar com a tal de uma raiz quadrada. Parece a gramática. Mas não cheguei a  esse ponto, sai na 3ª série mal alfabetizado. E o meu grande mestre foi a idade a quem agradeço a Deus por estes 74 anos de vida com plena lucidez.
OBS. Estou me referindo a zona rural, setembro de 2012 Edval Cirilo