Era um sonho antigo do povo cearense a construção desta ferrovia século XIX, e em 1872 foi concluído o trecho até Baturité. Dizem que com a grande seca dos 3 anos foi iniciado o resto do trecho rumo ao Crato e lentamente foi entrando na Caatinga Cearense até atingir o seu objetivo a Cidade de Crato em 1926.
Todas as pessoas que dependiam de Fortaleza iam ao encontro com a Ferrovia e lá deixavam os seus animais e procediam ao resto da vigem no trem e a escala ia diminuindo a maneira que o trem avançava.
Irei citar algumas estações mais faladas: Maracanaú, Guaiúba, Baturité, Capistano, Itapiúna, Quixadá, Estação Prudente, Quixeramobim, Senador Pompeu. O antigo Umaitá, Piquê Carneiro, Acopiara, Iguatu, José de Alencar, Cedro, Arrojado, Lavras, Aurora, Ingazeira, Missão Velha, Juazeiro do Norte e Crato.
As pessoas que viajavam tinham muitas historias para contar desta aventura de 30 horas de viajem, as cidades, as curvas de Pique Carneiro que sempre descarrilava vagões e até virava; o desnível entre Cedro e José de Alencar, onde eram 2 maquinas para poder subir.
E estas cidades até Acopiara vinham para a Feira do Crato para levar todo tipo de frutas das nossas. Seleiro era um vagão disponível só para os feirantes mas esta linha quando estava na atual Acopiara e em
A linha chega a seu ponto máximo em 1926 atingindo a cidade do Crato e este percurso Crato / Juazeiro no dia de sua inauguração é na plataforma da máquina o Padre Cícero acenando com um lenço e benzendo.
A ultima viagem com passageiros foi na década de 80.
Não considere um documento, mas sim um passa-tempo.
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Edval Cirilo