segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

NOS ANOS DE 1940 ATÉ 1964

Que eu tenho lembranças ir à Crato era uma aventura. Nós que morávamos no Sítio Boqueirão,tínhamos que sair a uma hora da manhã para chegar às 6 horas e retornar às 9 horas para evitar a quentura.
Era à pé ou à cavalo e no percurso tinha muitas moradias que eram pontos de referência,onde havia muitos reencontros de amigos que formavam mais amizade.Alguns pontos de referência: a bodega de Missiano, a casa de Virgilina,de Blandina e Macário, o engenho de Calazans, a casa de Vicente Adeládia e Chico Bentivi,a bodega de Chico Mundinho,a casa de Manuel Leandro, a casa de João Catingueira, a casa dos Saturnos, a de Aprijo na beira do correntinho, os Laborão e daí chegava oa corredor de Mariquinha.Depois se chegava a casa de Marculino e a casa de farinha de Joaquim Batista e ao pé de oiticica,na entrada dos Altos. Em seguida vinha a casa de João Duarte para se chegar à Ponta da Serra.
Chegando em Ponta da Serra era hora de se tomar um cafezinho com pão-de-ló no café de Maria e Violeta.Prosseguindo viagem,se chegava a casa de Pedro Santana e à bodega de Zé Correia,no Juá.Depois vinha os Zaquiés, a morada dos Mané João,dos Pedros e a cajazeira de Raimundo Sabão,para poder chegar àbodega de Derval e ao corredor de Mundoza,após vinha a casa de Antônio Moraes,Seu Roque, Zé Abagaro, a casa de Simina e o rancho de Pastora,a casa de Zé de Emília e a casa de Gumercindo. Em seguida,vinha a cerca de pedra,local de assombrações.No meio da travessia uma venda de cachaça de Maria da Moita. Otrecho mais assombroso era na Lagoinha,onde morreu muita gente em 1914. Daí se chegava no brejo na entrada da bodega de Sebasto,onde ficavam as boleiras, o engenho de Ramiro, a casa de Boeiro, a bodega de Aspício,o engenho de Felipe, depois o de Dr. luiz. Aí se chegava ao corredor do brejo com um longo percurso se chegava ao engenho de Dr. Rolim.
A última parada,era no armazém de João Agostinho,de onde se apreciava a vista parcial do Crato.As principais compras eram:querosene, o sal, o fumo, a rapadura, a farinha e outras coisas que coubessem nos caçuás.Não podia faltar a carne seca, o piqui pra quando chegar fazer com arroz branco.A carne era para assar no espeto e depois passar o espeto melado de gordura por cima do prato e saborear.Essas são algumas das minhas recordações que não podia deixar de registrar.
Edval Cirilo

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