sábado, 23 de janeiro de 2010

DECLARAÇÃO DE MATRIMÔNIO

Em um belo dia do ano de 1958 às 6 horas da tarde na calçada da bodega de Raimundo Ribeiro,onde hoje é Bolena Variedades,fixei o olhar numa morena de estatura média,arribitada,cheia de rabiçaca,mas muito bonita.Senti logo algo diferente e começamos a nos flertar,a nos paquerar.Daí em diante passamos a ter pequenos contatos(namoro) que foram suficientes para se estabelecer uma amizade duradoura de identificação permanente até os anos de 1970.
No ano seguinte,isto é, em 1971,quando sentimos que a amizade(namoro) era pra valer decidimos levar a sério e nos casar.
Quero dizer que eu mesmo construí a nossa primeira morada,como também toda a mobília:da mesa de jantar ao criado mudo(ou porta penico).
O seu relacionamento, eu já sabia, era de temperamento forte.Apesar disso já convivemos há mais de 38 anos e percebo que em quase nada foi mudado neste seu temperamento. Mas isso não empatou de nos amarmos.
Prometemos no juramento que íamos partilhar as dores e as alegrias, mas isto custou muitos diálogos para acontecer. Vivemos de partilha nos afazeres domésticos,não somos escravos,não temos segredos entre nós,tudo é as claras,não escondemos nada um do outro. Vivemos de orações e temos como referência à Sagrada Família. Não somos santos,estamos apenas em busca da santidade. Queremos partilhar as nossas experiências.
Mas isso não significa que não houve atrito,mas vivemos do perdão.Sem isto fica difícil de se sustentar. Mas a mulher disse que é muito cedo para uma avaliação mais definida.

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