terça-feira, 11 de janeiro de 2011

MEMÓRIA DOS 100 ANOS DE MARIA DA SILVA BRITO


Nasceu na Palmeirinha dos Britos, no dia 03 de julho de 1910. Filha do 2º casamento de João da Silva Brito com Ana da Conceição, ficando órfã ainda criança, foi criada pela 3ª esposa de seu pai, já dava para perceber que sua infância não foi das melhores.

Aprendeu a ler e escrever o básico para sua sobrevivência, sempre foi muito habilidosa com os afazeres domésticos, capaz de com 16 anos casar-se com um viúvo de 29 anos, um homem de boa reputação, tendo acontecido à cerimônia na casa de oração na Ponta da Serra e tendo como ministro monsenhor Assis Feitosa, no ano de 1926.

Sempre foi fiel a igreja de Jesus Cristo, na ação e na oração e a sua família se multiplicou quase como a de Abraão, porém isto custou muito suor e lágrimas para criar dentro das normas da época, como resultado deste casamento nasceram 13 filhos, sendo 7 homens e 6 mulheres, destes casaram-se 11, o suficiente para gerar 48 netos, 66 bisnetos e 20 tetranetos, totalizando uma descendência de 147 pessoas. Era visível o carinho que tinha com a família e em alguns momentos chegava a ser vaidosa, só querendo morrer depois que visse um tetraneto, e foi ouvida, chegou a pegar no colo e abençoar Anyelle, neta de sua neta Emília, hoje uma belíssima jovem, simpática, estudiosa e carinhosa.

Tinha um filho pródigo na sua vida, mas nunca deixou de dar carinho e afagar quantas vezes fosse preciso. No seu silêncio materno muitas vezes se encontrava em oração. A caridade fazia parte do seu dia a dia, tinha muitas comadres do qual fazia parte das suas conversas informais, gostava de roupas novas, e muito zelosa com a parte da higiene. Era bem interessante ver as pequenas discussões com seu esposo que para nós se tornavam em humor, gostava muito de cozinhar, mas se tivesse carne.

Tinha muita seriedade nas suas simpatias, não era falsa, a sua resposta era de corpo presente e não tolerava conversa besta, a resposta era um cutuco. É pena que a gente não valoriza essas pessoas, e só sabemos o valor que tem quando as perdemos. Foi o meu caso, que vivi 20 anos com esse tesouro e não o valorizei.

Ponta da Serra, 03 de julho de 2010.

Edval Cirilo e Aldenir

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