Surgia sempre um professor que se dizia habilitado a lecionar e se instalava em um sítio qualquer de onde todas as
redondezas os pais que tinham condições matriculavam os seus filhos.
Mas essas escolas eram temporárias, e logo surgiam outros professores,
mas com os mesmos métodos, que tinham como material, um lápis, um caderno, uma
tabuada e uma cartilha de ABC, e depois uma caneta tinteiro. Não havia lousa,
só cópia e ditado e o livro era para ler uma história todos os dias até o fim,
depois vinha o 2º, o 3º, 4º e o 5º, e depois o manuscrito que ao se concluir já se sabia de cor.
E tinham que ser livros de grandes autores da época, como
Felisberto de Carvalho, Erasmo Braga, Teolbaldo Miranda Santos, Renato Senega
Fleure. A Cartilha tinha que ser de
ensino rápido, a tabuada era estudada em casa o quadro para que aos sábados fosse sabatinado pelo professor e
conforme a pergunta se o aluno não
soubesse era usada a palmatória para castigado aluno que não respondesse
autorizado pelo professor.
Mas no anos 50 começa a surgir com
mais abundância a escola pública e nessa altura
começou então a usar-se o quadro
negro e giz, já se estudava o ponto e
era geografia, história, ciência e
matemática começa a se modernizar com a tal de uma raiz quadrada. Parece a
gramática. Mas não cheguei a esse ponto,
sai na 3ª série mal alfabetizado. E o meu grande mestre foi a idade a quem
agradeço a Deus por estes 74 anos de vida com plena lucidez.
OBS. Estou me referindo a zona
rural, setembro de 2012 Edval Cirilo